"-És uma criança - disse.
-Não acredite - disse ela. -Vou completar dezanove em Abril.
O senador interessou-se.
-Em que dia?
-A onze - disse ela.
O senador sentiu-se melhor.
-Somos Aries - disse. E acrescentou, sorrindo: -É o signo da solidão."
in "Morte constante para além do amor" de Gabriel García Márquez
21 January 2005
quando o limite não tem limites
eu amo-te
sem precisar da noção de limites
sem exagero ou com exagero para mim tanto faz
o que interessa é que te amo com paixão
como a sede que tenho quando bebo muito alcool
aquela vontade de beber groselha e água com gás
aquela vontade de te apanhar sozinho algures num corredor e violar os teus preconceitos
ou a tua falta deles
sei lásó sei que te quero
e que me é impossivel deixar de querer
e se tiver de escolher
escolho ter tudo a que o nada tem direito
porque tudo é o que eu sou nesse teu nada a que pertenço..não fujo nem vou de encontro, apenas espero, a partir de agora, por agora..
20 January 2005
sonhices
ontem voltei a pedir-te para me lavares as costas,
mas andas ocupado com as tuas mensagens, que tens de actualizar,
a maldita banheira tornou-se pequena,
a saboneteira implica com o meu cotovelo, constantemente.
por falar nisso,
estiveste a mexer novamente nos meus sabonetes de glicerina,
logo agora que estavam todos organizados por cores.
o tapete de borracha cheio de humidade,
as cortinas sempre curtas demais,
e já te disse que a maldita banheira tornou-se pequena?
ou será que é o meu sonho que anda com a mania das grandezas?
outra vez..
mas andas ocupado com as tuas mensagens, que tens de actualizar,
a maldita banheira tornou-se pequena,
a saboneteira implica com o meu cotovelo, constantemente.
por falar nisso,
estiveste a mexer novamente nos meus sabonetes de glicerina,
logo agora que estavam todos organizados por cores.
o tapete de borracha cheio de humidade,
as cortinas sempre curtas demais,
e já te disse que a maldita banheira tornou-se pequena?
ou será que é o meu sonho que anda com a mania das grandezas?
outra vez..
amurto
um poema de amor tem de ser curto
fazer deslocar a coluna
estalar os ouvidos
abanar os dentes
e esticar-nos os dedos dos pés
o amor tem de ser longo
vivido nos vales do nosso corpo
andar escondido das correntes de ar
longe do nosso pensamento
e durar uma vida inteira
eu hei-de amar-te, onde os poemas deixam poeira..
fazer deslocar a coluna
estalar os ouvidos
abanar os dentes
e esticar-nos os dedos dos pés
o amor tem de ser longo
vivido nos vales do nosso corpo
andar escondido das correntes de ar
longe do nosso pensamento
e durar uma vida inteira
eu hei-de amar-te, onde os poemas deixam poeira..
14 January 2005
como dormir
Alguém me fale ao ouvido palavras sãs,
imagens loucas não cabem mais cá dentro.
Esta insónia de que sofre o meu coração
não tem fim com tanta agitação.
Alguém me fale baixinho coisas sem tradição.
Que esta tradição de se amar igual a todo e qualquer um,
deixa-me acordada toda a noite pensando que durmo.
É que o meu coração, por acréscimo ou defeito,
vai continuar a sofrer desta insónia e sem conseguir esconder-me, que contar amores não é como contar carneiros.
imagens loucas não cabem mais cá dentro.
Esta insónia de que sofre o meu coração
não tem fim com tanta agitação.
Alguém me fale baixinho coisas sem tradição.
Que esta tradição de se amar igual a todo e qualquer um,
deixa-me acordada toda a noite pensando que durmo.
É que o meu coração, por acréscimo ou defeito,
vai continuar a sofrer desta insónia e sem conseguir esconder-me, que contar amores não é como contar carneiros.
12 January 2005
a hora do sim é o descuido do não?
sol
que tão pouco sol tens sido
que tens sentido?
frio?
diz-me,
porque todos dizemos
todos mostramos
o meu cérebro anda tão poluído de imagens
e todos gritam tanto amor
quase todos sofrem
deixa-me chegar
quero estar
mesmo que seja ao pé do teu não, que não se assume
ou do teu sim que se perdeu lá para outras bandas
tudo muda
a todo o tempo
nada volta
nada
nada até mim
neste mar que te estendo
eu não sei mais nadar
ou sei
mas não nas tuas correntes
nessas correntes do teu passado
nas correntes da minha ignorância
porque já não sei como dizer-te aquilo que já nem sei que dizer
e eu vou gritando
ensurdecendo o meu cérebro
o que dói no corpo já não sinto
estou ocupada com a queixa que vem de dentro
o gelo dói muito mais
pois, agora sim,
dói aquilo que apenas pesava
e está tanto sol na minha praia
vem tirar-me da borda do teu mar
vamos atravessar o meu
vem
só por uma manhã
uma tarde
por um só pôr do sol
ou por mil nascimentos do dia
só não me deixes assim
sem pé.
sem jeito.
sem ti.
que tão pouco sol tens sido
que tens sentido?
frio?
diz-me,
porque todos dizemos
todos mostramos
o meu cérebro anda tão poluído de imagens
e todos gritam tanto amor
quase todos sofrem
deixa-me chegar
quero estar
mesmo que seja ao pé do teu não, que não se assume
ou do teu sim que se perdeu lá para outras bandas
tudo muda
a todo o tempo
nada volta
nada
nada até mim
neste mar que te estendo
eu não sei mais nadar
ou sei
mas não nas tuas correntes
nessas correntes do teu passado
nas correntes da minha ignorância
porque já não sei como dizer-te aquilo que já nem sei que dizer
e eu vou gritando
ensurdecendo o meu cérebro
o que dói no corpo já não sinto
estou ocupada com a queixa que vem de dentro
o gelo dói muito mais
pois, agora sim,
dói aquilo que apenas pesava
e está tanto sol na minha praia
vem tirar-me da borda do teu mar
vamos atravessar o meu
vem
só por uma manhã
uma tarde
por um só pôr do sol
ou por mil nascimentos do dia
só não me deixes assim
sem pé.
sem jeito.
sem ti.
10 January 2005
why why?
ain´t life about other things also? why always live in why?
Lets drop the why.
Lets dance the whole day through.
and the night too.
Lets drop the why.
Lets dance the whole day through.
and the night too.
8 January 2005
in my solitude
i´m very strong
but sometimes i feel i have to forget you to not give in to weakness
and i say i give up
i say one last time i love you and pack my soul into my heart
just enough for leaving, just the essentials
but something keeps me here
between weakness and strength
i wonder if i would like it better some other way
maybe i´m addicted to you
well, it´s obvious i am
but sometimes i feel i have to forget you to not give in to weakness
and i say i give up
i say one last time i love you and pack my soul into my heart
just enough for leaving, just the essentials
but something keeps me here
between weakness and strength
i wonder if i would like it better some other way
maybe i´m addicted to you
well, it´s obvious i am
2 January 2005
1 January 2005
eat me like a candy necklace
(smoking underneath a red lamp dressed only in black stockings)
-i wanted to say something sweet...
-don´t say anything, just let me hold you...
-hold me then. hold me. take me way out of my control.
-i wanted to say something sweet...
-don´t say anything, just let me hold you...
-hold me then. hold me. take me way out of my control.
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