30 October 2006

secretu

24 October 2006

pingos e nevoeiro

tricotar as cores da paixão e do amor
reaprender a aspereza da paciência
o nascer da obra com a lentidão do mel espesso

23 October 2006

terminar a contabilidade prevista para hoje
ir tomar um café e aproveitar para levar o lixo
fazer uns telefonemas relacionados com a procura de emprego
pintar
arrumar o quarto (e talvez aspirar a sala)...

arghhh!
tenho saudades de ir para Lisboa,
mas quem não tem dinheiro não tem vícios.

18 October 2006

o jornal do dia

O litro de tinta que se entornou fazendo estragos
pintar directamente do chão por não haver maneira de apanhar a tinta
a aranha aspirada viva
o cheiro a tinta e a diluente que se entranhou na casa
a chuva pesada e a rádio alta
a ginja barata e o computador lento
há dias errados assim como há dores de cabeça
*será que a aranha ainda vive dentro do aspirador?

17 October 2006

deserto dos sons


16 October 2006

aprender


13 October 2006

dia verde

purgar a mente

12 October 2006

detalhes do Verão






10 October 2006

no centro de saúde

"quem olha para ela nem imagina que esta matulona tem uma estrutura esquelética tão fininha. Vejam esta radiografia. Parecem os ossos de uma criança!"

9 October 2006

Outono a dois






8 October 2006

gosto de te ver assim

feliz

7 October 2006

a fotografia

hoje, que não levei a máquina fotográfica.
as gaivotas.
logo hoje.
o café pela manhã em Sintra.
os cavalos, o monte da lua.
a viagem até à Ericeira.
o almoço.
as gaivotas.
o mar pálido da neblina.
as espreguiçadeiras.
a tarde passada contigo e com o mar.
e as gaivotas.
o cheiro a maresia,tudo saborosamente levemente fresco.
o descanso.
os pés à vista.
casais de todas as idades naquele sossego.
só o som das gaivotas.
que dizem elas?

- não sei amor, mas sabes o que li? li que passear de mão dada reduz o stress.
- e não é isso que fazemos sempre?
- sim, mas sabe sempre bem saber que vamos no caminho certo.
- pois, tirando o facto de me ter esquecido da máquina fotográfica...

amor escrito ao contrário

da romã eu tiro pequenos corações escorregadios
com os quais vou substituindo os dentes, os olhos,
os pensamentos derrotistas e até as lâmpadas cá de casa,
onde a luz arde naquele tom suave entre o rosa e o vermelho
iluminando a casca escura que sou,
fazendo assim a contabilidade dos ferimentos
que sorrateiramente provocam a obstrução dos poros.


4 October 2006

2 October 2006

wall talk