28 March 2005

o amor é

o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás. o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás.

António variações

23 March 2005

A vida é só para quem quer!

Parabéns pela vida que tens.

22 March 2005

springtime

21 March 2005

fireworks

does fire work?

quase importante

estava aqui a pensar
na broa que a minha mãe trouxe de Espinho
nos flocos de aveia
na cerveja preta
no caril de frango
nas torradas de pão alentejano
na sopa de feijão
no chá de amoras silvestres
no quarto quase organizado
na roupa que está em ordem
na chuva que finalmente caiu
na nova almofada
nas dores das costas
no trabalho da loja
na festa que os vizinhos dão até às tantas
no jantar de aniversário que acabei por não marcar
nas telas que ainda quero fazer
no frio que tenho
no filme que vou ver amanhã
no sabor do gengibre
nas coisas que escreves
naquilo que não entendo nelas
em ti

estava apenas a pensar em ti

19 March 2005

bubble gum

14 March 2005

freak heart

afinal estou apaixonada. mas isso vê-se, mesmo que eu queira iludir-te de que não estou. mesmo que eu finja que sou forte e que diga que só me entrego quando quiser e achar que for altura, não consigo evitar o desejo de querer-te. E falo de irmos muito mais além de qualquer abraço. Falo de poder ser tonta e de nos rirmos juntos. até um sempre que nos esteja destinado. Falo de saudade. Falo de ti em mim. Mas porque será que não te posso ter também por dias? Porquê só por horas, minutos e segundos?

13 March 2005

freak heart

there´s nothing there that you can see,
except the core of what is trying to be human.
branches of small thoughts.
cracked circles.
unheard shouting.
swallowed screaming
like death in a final position
waiting for someone to turn on the lights
and bring me some toasts and boiled eggs.
how i love boiled eggs.

12 March 2005

afia dor

a desordem do teu reflexo em mim deixa-me tão quente
não tenho sido eu nestes últimos anos
nunca gostei do azul e hoje é uma das cores onde mais depressa me encontro
como se estivesse numa pensão limpa e silenciosa
onde a dor se pendura nos neons que se avistam da janela
ardendo toda a noite intermitentemente.
e nos intervalos de tudo, da luz, da respiração, do bater do coração,
lembro-te,
a tua maneira de fumar
o teu olhar poisado em mim quando me finjo distraída
a atenção que pareces manter nas coisas que vou dizendo
o teu sorriso.
não sei se sei amar
quando se chega sozinho a esta altura da vida tudo é tão frágil de novo,
ou então tudo sempre foi frágil
como as minhas mãos pálidas, que me pertencem para sempre.
o segredo mantém-me cá
o segredo faz-me também percorrer, vezes sem conta, de novo aquelas ruas,
aqueles sítios, as tuas palavras, o teu abraço.
o segredo de que não suporto mais ninguém.
só isto por enquanto.
mas sou eu. mais eu do que julgava poder voltar a ser.
é tudo verdade entre nós.
vem aí a primavera.

10 March 2005

leva-me para casa

estou cansada de estar na montra.




6 March 2005

pevides para coruja

cansada de ser lua.
tão fora do alcance.
estende os braços até cresceres para dentro deste azul.
deixa-me poisar em ti.
como ave branca.
cansada de ser lua.
quero tanto ser tua.


"Haja o que houver...

...há sempre um homem para uma mulher.
E há-de sempre haver para esquecer,
um falso amor e uma vontade de morrer.
Seja como for há-de vencer o grande amor,
que há-de ser no coraçao,
como perdão para quem chorou."
(Antonio Carlos Jobim - Vinícius de Moraes)



1 March 2005

poema 69 + 69 são 4

a masturbação nunca embalou o pensamento
e tão pouco o coração
a sinceridade afunda-me toda a zona do peito
mas prefiro à mentira
tenho saudades de um corpo suado colado ao meu
de fazer amor com amor
do amor que foi por engano o sexo acabou sendo bom
e da relação que foi pelo sexo, o sexo acabou sendo engano
não há forma de acertar
porque são gestos que não se ensaiam
sentimentos que não se vendem em qualquer esquina
e o tempo passa devagar e dolorosamente pelas minhas omoplatas
como dedos que já lá deviam estar há muito
depois acaricia um ombro de cada vez
e é aí que morro
é nesse instante que o tempo me desfaz, como serradura fininha
assim me vou amontoando pelo chão de todos
e todos passam a ser meus
mas só quero um
um qualquer
desde que seja por amor
amor suado.