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na terra do vulgar
Há um quarto onde ela convive com a dor que dorme debaixo da cama, que a obriga a dormir de costas. Há a vida naquela cadeira do trabalho, de horas infinitas. E há a vida dos sonhos pesados de tanta raiva.
Não ama quase nada desses sonhos, não ama o peso da raiva, mas há linhas que a cosem àquela cadeira e há bolas de cotão que se vão formando na língua, por esse motivo já não fala. Melhor assim, pois sabe agora quando se aproximam passos vindos detrás, dado o aumento da capacidade auditiva de tanto silêncio em seu redor.
Eu digo-lhe: -Se deixares crescer a franja até mais não, vais ver que nunca mais ninguém te encontra e quando sufocares de tanto cotão na boca, lembra-te da cor que escolhi para a linha com que te cosi à cadeira. Lembra-te de que és aquilo que eu fiz de ti. Um ser de nada, com um quase de alguma coisa. Nada de original, bastante vulgar até.
Não ama quase nada desses sonhos, não ama o peso da raiva, mas há linhas que a cosem àquela cadeira e há bolas de cotão que se vão formando na língua, por esse motivo já não fala. Melhor assim, pois sabe agora quando se aproximam passos vindos detrás, dado o aumento da capacidade auditiva de tanto silêncio em seu redor.
Eu digo-lhe: -Se deixares crescer a franja até mais não, vais ver que nunca mais ninguém te encontra e quando sufocares de tanto cotão na boca, lembra-te da cor que escolhi para a linha com que te cosi à cadeira. Lembra-te de que és aquilo que eu fiz de ti. Um ser de nada, com um quase de alguma coisa. Nada de original, bastante vulgar até.
8 April 2007
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