22 May 2004

::: [ ] :::

Tento enquadrar a tua imagem em algo que a possa definir.
Para que a minha alma tenha no que confiar.
E tu,
Tu teimas em não deixar ficar qualquer memória coerente.
Apareces-me como obra de arte, com mil e uma leituras.
A cada retorno entregas-te de forma diferente.
Conduzes-me a recantos de teu mundo que julgava inexistentes.
Entregas-me ingredientes que desconheço para a confecção de tais memórias.
Vivo então, na procura de outros mundos que se assemelhem com o teu.
Propagando a tristeza.
Para depois abafá-la na forma que tens de olhar-me.

No comments: