Gosto tanto de olhar para o rio, para a ponte, para o céu, quando o dia se põe.
Hoje, não sei como consegui, vi o sol a nascer e a "ir-se".
Hoje acompanhei o dia em todo o seu ser.
Hoje senti-me dia. Senti-me luz. Senti-me vida. Senti-me bem.
19 March 2004
Atar ou amar?
Por vezes, durante as pequenas alturas de lucidez que tenho, apodera-se de mim um medo, um medo de vir a tornar-me rija, seca. De um dia não mais conseguir amar. De apenas querer tirar prazer do jogo de sedução e deixar-me ficar por aí.
Eu, que tanto preciso de amar.
Eu, que tanto preciso de amar.
17 March 2004
a falta de sentido que me dá sentido
Cultivo a dúvida sim.
Transparece com frequência a tristeza e o desconforto que isso provoca em mim.
Mas digo-vos que não existe o mais pequeno momento de felicidade que eu não saiba aproveitar.
Desde o ronronar dos meus gatos até ao pensamento dos bonitos amigos que tenho.
Não tenham por isso ilusões de que não sou feliz, porque eu sou feliz.
E é por eu ser feliz que a tristeza mais me pesa.
(L´em resposta ao teu post no meu fotolog)
Transparece com frequência a tristeza e o desconforto que isso provoca em mim.
Mas digo-vos que não existe o mais pequeno momento de felicidade que eu não saiba aproveitar.
Desde o ronronar dos meus gatos até ao pensamento dos bonitos amigos que tenho.
Não tenham por isso ilusões de que não sou feliz, porque eu sou feliz.
E é por eu ser feliz que a tristeza mais me pesa.
(L´em resposta ao teu post no meu fotolog)
10 March 2004
ainda bem que há tempo para ler Pessoa
"O amor é que é essencial.
O sexo é só um acidente.
Pode ser igual
ou diferente.
O homem não é um animal:
é uma carne inteligente,
embora às vezes doente."
Fernando Pessoa
O sexo é só um acidente.
Pode ser igual
ou diferente.
O homem não é um animal:
é uma carne inteligente,
embora às vezes doente."
Fernando Pessoa
9 March 2004
sim sim
"Não é por as coisas serem difíceis que não temos ousadia. É por não termos ousadia que as coisas são difíceis."
Séneca
Séneca
8 March 2004
Dói-me pelo crescer
Dói-me
Por aquele que amei sem ser amada
Por aquele que me amou e não amei
Por aquele que não amei e iludi
Por aquele que amei tarde
Por aquele que me amou tarde
Por aquele que eu julguei que amava
Por aquele que deixei que me iludisse
Por aquele que deixou iludir-se.
Por aquele que amei sem ser amada
Por aquele que me amou e não amei
Por aquele que não amei e iludi
Por aquele que amei tarde
Por aquele que me amou tarde
Por aquele que eu julguei que amava
Por aquele que deixei que me iludisse
Por aquele que deixou iludir-se.
7 March 2004
“Quando a acção não é entravada, a alma tem muito menos razões para agir. Quanto mais se apertava em torno de Christophe o cerco das preocupações e das tarefas medíocres, mais independente se sentia o seu coração revoltado. Numa vida sem empecilhos, ter-se-ia entregue sem dúvida aos caprichos do acaso. Não tendo livres senão uma ou duas horas por dia, a sua força tumultuava nesse curto espaço de tempo como uma torrente entre rochedos. É uma boa disciplina para a arte condensar os esforços em limites implacáveis. Nesse sentido, pode dizer-se que a miséria é mestra não só do pensamento, mas também do estilo; ensina sobriedade tanto ao espírito como ao corpo. Quando o tempo é limitado e as palavras medidas, não se diz nada de inútil, e adquire-se o hábito de pensar somente o essencial. Deste modo, vive-se duplamente, por se ter menos tempo para viver.”
in “A manhã” de Romain Rolland
in “A manhã” de Romain Rolland
6 March 2004
5 March 2004
quem vem?
Poiso a cabeça num livro grande que tento percorrer
Cheira a bafio, penso em desistir dele.
Lembro-me do cansaço que é ensinarem-nos sempre a mesma lição.
No que poderia ter sido a minha realidade.
Neste peso que acentua o bater não ritmado do meu coração.
E volto a ver-te. Numa imagem distorcida,
acompanhada de sons intensos, afiados, gritantes.
Numa imagem acompanhada de todo o ruído
em que consisto neste instante.
Cheira a bafio, penso em desistir dele.
Lembro-me do cansaço que é ensinarem-nos sempre a mesma lição.
No que poderia ter sido a minha realidade.
Neste peso que acentua o bater não ritmado do meu coração.
E volto a ver-te. Numa imagem distorcida,
acompanhada de sons intensos, afiados, gritantes.
Numa imagem acompanhada de todo o ruído
em que consisto neste instante.
4 March 2004
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