21 January 2004

“Não sei ao certo quem vejo, sei bem quem sinto.
Sinto-te.
Vivo contigo agora, mas daqui a nada. Daqui a uns dias, meses ou, quem sabe, anos.
Tu nem me reconheces. Conheces as semelhanças entre todas e não as diferenças. Conheces-me através de alguma que tenhas tido há uns tempos atrás, porque te faço lembrá-la.
E nem sabes de que cor ou som sou feita ao certo. Tudo depende de onde estás, com quem estás dentro de ti.
Só me procuras quando descobres nesse passado algo que te esteja vendado.
Aí vens e desarrumas-me, até encontrares a tua preciosa chave.
A tua.
Nunca a minha.”
In “À base de ti” B. Carneiro

1 comment:

Anonymous said...

i'm gonna make my own journal