secretu
24 October 2006
pingos e nevoeiro
tricotar as cores da paixão e do amor
reaprender a aspereza da paciência
o nascer da obra com a lentidão do mel espesso
reaprender a aspereza da paciência
o nascer da obra com a lentidão do mel espesso
23 October 2006
18 October 2006
o jornal do dia
O litro de tinta que se entornou fazendo estragos
pintar directamente do chão por não haver maneira de apanhar a tinta
a aranha aspirada viva
o cheiro a tinta e a diluente que se entranhou na casa
a chuva pesada e a rádio alta
a ginja barata e o computador lento
há dias errados assim como há dores de cabeça
*será que a aranha ainda vive dentro do aspirador?
pintar directamente do chão por não haver maneira de apanhar a tinta
a aranha aspirada viva
o cheiro a tinta e a diluente que se entranhou na casa
a chuva pesada e a rádio alta
a ginja barata e o computador lento
há dias errados assim como há dores de cabeça
*será que a aranha ainda vive dentro do aspirador?
17 October 2006
12 October 2006
10 October 2006
no centro de saúde
"quem olha para ela nem imagina que esta matulona tem uma estrutura esquelética tão fininha. Vejam esta radiografia. Parecem os ossos de uma criança!"
9 October 2006
8 October 2006
7 October 2006
a fotografia
hoje, que não levei a máquina fotográfica.
as gaivotas.
logo hoje.
o café pela manhã em Sintra.
os cavalos, o monte da lua.
a viagem até à Ericeira.
o almoço.
as gaivotas.
o mar pálido da neblina.
as espreguiçadeiras.
a tarde passada contigo e com o mar.
e as gaivotas.
o cheiro a maresia,tudo saborosamente levemente fresco.
o descanso.
os pés à vista.
casais de todas as idades naquele sossego.
só o som das gaivotas.
que dizem elas?
- não sei amor, mas sabes o que li? li que passear de mão dada reduz o stress.
- e não é isso que fazemos sempre?
- sim, mas sabe sempre bem saber que vamos no caminho certo.
- pois, tirando o facto de me ter esquecido da máquina fotográfica...
as gaivotas.
logo hoje.
o café pela manhã em Sintra.
os cavalos, o monte da lua.
a viagem até à Ericeira.
o almoço.
as gaivotas.
o mar pálido da neblina.
as espreguiçadeiras.
a tarde passada contigo e com o mar.
e as gaivotas.
o cheiro a maresia,tudo saborosamente levemente fresco.
o descanso.
os pés à vista.
casais de todas as idades naquele sossego.
só o som das gaivotas.
que dizem elas?
- não sei amor, mas sabes o que li? li que passear de mão dada reduz o stress.
- e não é isso que fazemos sempre?
- sim, mas sabe sempre bem saber que vamos no caminho certo.
- pois, tirando o facto de me ter esquecido da máquina fotográfica...
amor escrito ao contrário
da romã eu tiro pequenos corações escorregadios
com os quais vou substituindo os dentes, os olhos,
os pensamentos derrotistas e até as lâmpadas cá de casa,
onde a luz arde naquele tom suave entre o rosa e o vermelho
iluminando a casca escura que sou,
fazendo assim a contabilidade dos ferimentos
que sorrateiramente provocam a obstrução dos poros.
com os quais vou substituindo os dentes, os olhos,
os pensamentos derrotistas e até as lâmpadas cá de casa,
onde a luz arde naquele tom suave entre o rosa e o vermelho
iluminando a casca escura que sou,
fazendo assim a contabilidade dos ferimentos
que sorrateiramente provocam a obstrução dos poros.
4 October 2006
2 October 2006
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