26 June 2010

Anthem - Leonard Cohen

"Anthem"

The birds they sang
at the break of day
Start again
I heard them say
Don't dwell on what
has passed away
or what is yet to be.
Ah the wars they will
be fought again
The holy dove
She will be caught again
bought and sold
and bought again
the dove is never free.

Ring the bells that still can ring
Forget your perfect offering
There is a crack in everything
That's how the light gets in.

We asked for signs
the signs were sent:
the birth betrayed
the marriage spent
Yeah the widowhood
of every government --
signs for all to see.

I can't run no more
with that lawless crowd
while the killers in high places
say their prayers out loud.
But they've summoned, they've summoned up
a thundercloud
and they're going to hear from me.

Ring the bells that still can ring ...

You can add up the parts
but you won't have the sum
You can strike up the march,
there is no drum
Every heart, every heart
to love will come
but like a refugee.

Ring the bells that still can ring
Forget your perfect offering
There is a crack, a crack in everything
That's how the light gets in.

Ring the bells that still can ring
Forget your perfect offering
There is a crack, a crack in everything
That's how the light gets in.
That's how the light gets in.
That's how the light gets in.


25 June 2010

O dom de iludir

24 June 2010

Sintonia?

Hoje saímos os dois de casa com as "t-shirts" de Praga, mas só raparámos já dentro do elevador.

19 June 2010

I have a blue raincoat (it used to belong to my mother)

Poema em linha recta de Álvaro de Campos


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenha calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenha agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe . todos eles príncipes na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que, contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ò príncipes, meus irmãos,
Arre estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos . mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

18 June 2010

a minha manhã já vai tarde

Mais um céu cinzento para coleccionar aqui em Amsterdão. Ontem esteve um dia solarengo, hoje, o único sol que tenho é aquele que sai da minha xícara de café quente.

mente em movimento abstracto

os meus pensamentos interligam-se de forma abstracta,
de tal forma que acontece-me muitas vezes como na quarta-feira,
em que estava a esfregar as paredes do chuveiro com um detergente anti-calcário,
completamente empenhada nas limpezas semanais da casa, que eis senão quando,
caiu mais um véu da minha personalidade complexa,
foi como se pedaços de calcário se soltassem também das paredes do meu carácter,
foi como se tivesse polido mais um pouco deste vasto universo que não há-de morrer perfeito e luzidio,
porque ninguém é perfeito,
porque ser perfeito daria muito trabalho,
demasiado trabalho para depois ficarmos enfadados sem mais calcário para descascar,
porque o que tem piada é isto,
construirmos lentamente a percepção do que vai para além do carácter,
lentamente,
lentamente,
lenta a mente...

17 June 2010

15 June 2010

13 June 2010

10 June 2010

Porque ela vai ser o que quis, inventando um lugar

"Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando sua pele de ouro marrom do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta, sem certeza, tudo que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e setenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancing Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no "Hair"
Com alguns homens foi feliz, com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis, inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que um leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri para o violão, num lamento, e a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento"

seems like my blog lacks excitement

So many years after viagra being invented, why is it that I still receive spam inviting me to use it? Are there people who actually still don't know where to buy their stack of "magic pills"... or is my blog lacking excitement???